Falsa psicóloga será indiciada por torturar autistas
A falsa psicóloga Beatriz da Silva Cunha, 32 anos, presa em sua clínica na rua Sorocaba, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, na semana passada, vai ser indiciada pelo crime de tortura.
De acordo com o delegado Maurício Luciano de Almeida, testemunhas afirmaram que Beatriz usava métodos agressivos para fazer com que seus pacientes se alimentassem. Ela atendia cerca de 60 crianças autistas.A Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon) vai pedir à Justiça o bloqueio dos bens e da conta bancária da falsa psicóloga. O objetivo é garantir que, futuramente, as vítimas possam ajuizar ações para exigir o ressarcimento dos valores pagos pelos tratamentos. Maurício Almeida acredita que o número de pessoas enganadas por Beatriz seja grande, pois ela atuava desde 1998 como psicóloga, sem ter formação, e cobrava altas quantias dos pacientes, todos menores de idade e portadores de autismo.
Sua clínica, o Centro de Análise do Comportamento (Cenacomp), não tinha alvará e foi interditada. "O patrimônio dela deve ser imobilizado para as pessoas recuperarem o prejuízo. Também vamos investigar todos os seus empregados. Quem sabia que ela não era psicóloga e se omitiu é co-autor", disse o delegado.
Profissionais de saúde enganados
Beatriz enganou até mesmo profissionais de saúde. Foi um renomado médico gaúcho, especializado em medicina ortomolecular, que a indicou para um casal. "Soubemos que ela tinha especialização e dava palestras", disse um dos lesados, pai de um menino autista.
Beatriz enganou até mesmo profissionais de saúde. Foi um renomado médico gaúcho, especializado em medicina ortomolecular, que a indicou para um casal. "Soubemos que ela tinha especialização e dava palestras", disse um dos lesados, pai de um menino autista.
O filho do casal piorou no tratamento, mas os pais só tiveram certeza de que haviam sido enganados quando ela deu o número do registro profissional de outra psicóloga para eles declararem o Imposto de Renda deste ano.
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