Bombeiro chorou enquanto pedia libertação de colegas
Os bombeiros presos após confusão no Quartel Central da corporação, no sábado (4), foram autuados e transferidos para a antiga sede da Academia dos Bombeiros, em Jurujuba, Niterói, regiao metropolitana do Rio. Eles estavam presos na Corregedoria da Polícia Militar, em São Gonçalo.
A transferência dos manifestantes presos começou na noite de sábado e todos foram levados em microonibus. A alimentação foi providenciada pelo Corpo de Bombeiros.
Eles deixaram a Corregedoria da Polícia Militar em treze ônibus da PM. No caminho, eram ovacionados com gritos de heróis. Os soldados desceram dos veículos de mãos dadas e diziam "bombeiro é herói".
Na entrada do quartel, os bombeiros conseguiram falar com as suas famílias. Eles ainda receberam um kit higiene com sabonetes, escova e pasta de dentes.
Segundo a PM, os soldados vão contar com colchonetes e cobertores que estão distribuídos no ginásio da unidade. A intenção é oferecer um pouco mais de conforto aos presos que passaram a madrugada de domingo dentro de ônibus na sede da corregedoria.
Ao menos 439 bombeiros, que faziam protesto por melhores salários e condições de trabalho no Quartel Central da corporação, no centro do Rio, foram presos após a ação da PM para conter a manifestação na manhã de sábado (4).
Ainda segundo a polícia, os bombeiros presos serão autuados em quatro artigos do Código Penal Militar: motim, dano em viatura, dano às instalações e por impedir e dificultar a saída para socorro e salvamento. A pena para estes crimes varia de dois a dez anos de prisão.
Novo protesto
Mais de mil manifestantes ocupam as escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), no centro do Rio, na tarde deste domingo (5) para dar continuidade aos protestos por melhores salários e condições de trabalho, de acordo com a Polícia Militar. Mulheres e crianças também participam do encontro.
Entenda o caso
Por volta das 20h da última sexta-feira (3), cerca de 2.000 bombeiros - muitos acompanhados de mulheres e crianças - ocuparam o Quartel Central da corporação, no centro do Rio de Janeiro. O protesto, que havia começado no início da tarde em frente à Alerj (Assembleia Legislativa), durou toda a madrugada.
A principal reivindicação da categoria é aumento salarial de R$ 950 para R$ 2.000 e vale-transporte. A causa já motivou dezenas de paralisações e manifestações desde o início de abril. Seis líderes dos movimentos chegaram ser presos administrativamente em maio, mas foram liberados.
Vídeos: assista às principais imagens
Mural: dê a sua opinião sobre o caso
Diante do clima de tensão no Quartel Central, repetidos apelos feitos pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, para que os manifestantes retornassem às suas casas foram ignorados e bombeiros chegaram a impedir que colegas trabalhassem diante dos chamados de emergência. A PM então, com auxílio do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), invadiu o complexo às 6h de sábado (4). Houve disparos de arma de fogo, acionamento de bombas de efeito moral e confrontos rapidamente controlados. Algumas mulheres e crianças ficaram levemente feridas e foram atendidas em postos no local.
Os bombeiros foram levados presos para o Batalhão de Choque, que fica nas proximidades. De lá, 439 foram transferidos de ônibus para a Corregedoria da PM, em São Gonçalo, região metropolitana do Estado, onde passaram a madrugada de domingo (5). Durante a manhã, eles foram novamente transferidos, só que para o quartel do bairro Charitas, em Niterói, também na região metropolitana.
Visivelmente irritado com o "total descontrole", o governador Sérgio Cabral anunciou no sábado, após reunião de cerca de cinco horas com a cúpula do governo, a exoneração do então comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Machado. O cargo passou a ser ocupado pelo coronel Sérgio Simões, que era subsecretário de Defesa Civil da capital fluminense.
Cabral disse que não negocia com "vândalos" e "irresponsáveis", alegou que os protestos têm motivação política e se defendeu dizendo que o governo tem planos de recuperação salarial para todos os militares desde 2007. Segundo ele, com todas as bonificações e reajustes previstos, até o fim do ano, os bombeiros terão um salário muito próximo ao que é reivindicado.
Os bombeiros presos serão autuados em quatro artigos do Código Penal Militar: motim, dano em viatura, dano às instalações e por impedir e dificultar a saída para socorro e salvamento. A pena para estes crimes varia de dois a dez anos de prisão. Inconformados, alguns iniciaram greve de fome como mais uma forma de protesto.
Apesar das baixas, o comando-geral do Corpo de Bombeiros informou que a rotina de atendimento à população está mantida e que os substitutos dos bombeiros presos assumiram seus postos.
A transferência dos manifestantes presos começou na noite de sábado e todos foram levados em microonibus. A alimentação foi providenciada pelo Corpo de Bombeiros.
Eles deixaram a Corregedoria da Polícia Militar em treze ônibus da PM. No caminho, eram ovacionados com gritos de heróis. Os soldados desceram dos veículos de mãos dadas e diziam "bombeiro é herói".
Na entrada do quartel, os bombeiros conseguiram falar com as suas famílias. Eles ainda receberam um kit higiene com sabonetes, escova e pasta de dentes.
Segundo a PM, os soldados vão contar com colchonetes e cobertores que estão distribuídos no ginásio da unidade. A intenção é oferecer um pouco mais de conforto aos presos que passaram a madrugada de domingo dentro de ônibus na sede da corregedoria.
Ao menos 439 bombeiros, que faziam protesto por melhores salários e condições de trabalho no Quartel Central da corporação, no centro do Rio, foram presos após a ação da PM para conter a manifestação na manhã de sábado (4).
Ainda segundo a polícia, os bombeiros presos serão autuados em quatro artigos do Código Penal Militar: motim, dano em viatura, dano às instalações e por impedir e dificultar a saída para socorro e salvamento. A pena para estes crimes varia de dois a dez anos de prisão.
Novo protesto
Mais de mil manifestantes ocupam as escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), no centro do Rio, na tarde deste domingo (5) para dar continuidade aos protestos por melhores salários e condições de trabalho, de acordo com a Polícia Militar. Mulheres e crianças também participam do encontro.
Entenda o caso
Por volta das 20h da última sexta-feira (3), cerca de 2.000 bombeiros - muitos acompanhados de mulheres e crianças - ocuparam o Quartel Central da corporação, no centro do Rio de Janeiro. O protesto, que havia começado no início da tarde em frente à Alerj (Assembleia Legislativa), durou toda a madrugada.
A principal reivindicação da categoria é aumento salarial de R$ 950 para R$ 2.000 e vale-transporte. A causa já motivou dezenas de paralisações e manifestações desde o início de abril. Seis líderes dos movimentos chegaram ser presos administrativamente em maio, mas foram liberados.
Vídeos: assista às principais imagens
Mural: dê a sua opinião sobre o caso
Diante do clima de tensão no Quartel Central, repetidos apelos feitos pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, para que os manifestantes retornassem às suas casas foram ignorados e bombeiros chegaram a impedir que colegas trabalhassem diante dos chamados de emergência. A PM então, com auxílio do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), invadiu o complexo às 6h de sábado (4). Houve disparos de arma de fogo, acionamento de bombas de efeito moral e confrontos rapidamente controlados. Algumas mulheres e crianças ficaram levemente feridas e foram atendidas em postos no local.
Os bombeiros foram levados presos para o Batalhão de Choque, que fica nas proximidades. De lá, 439 foram transferidos de ônibus para a Corregedoria da PM, em São Gonçalo, região metropolitana do Estado, onde passaram a madrugada de domingo (5). Durante a manhã, eles foram novamente transferidos, só que para o quartel do bairro Charitas, em Niterói, também na região metropolitana.
Visivelmente irritado com o "total descontrole", o governador Sérgio Cabral anunciou no sábado, após reunião de cerca de cinco horas com a cúpula do governo, a exoneração do então comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Machado. O cargo passou a ser ocupado pelo coronel Sérgio Simões, que era subsecretário de Defesa Civil da capital fluminense.
Cabral disse que não negocia com "vândalos" e "irresponsáveis", alegou que os protestos têm motivação política e se defendeu dizendo que o governo tem planos de recuperação salarial para todos os militares desde 2007. Segundo ele, com todas as bonificações e reajustes previstos, até o fim do ano, os bombeiros terão um salário muito próximo ao que é reivindicado.
Os bombeiros presos serão autuados em quatro artigos do Código Penal Militar: motim, dano em viatura, dano às instalações e por impedir e dificultar a saída para socorro e salvamento. A pena para estes crimes varia de dois a dez anos de prisão. Inconformados, alguns iniciaram greve de fome como mais uma forma de protesto.
Apesar das baixas, o comando-geral do Corpo de Bombeiros informou que a rotina de atendimento à população está mantida e que os substitutos dos bombeiros presos assumiram seus postos.
"Bombeiro chorou enquanto pedia libertação de colegas"
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