Ex sargento PM matador de bandidos, é executado na porta de casa
Catanã recebeu 7 tiros à queima-roupa, na porta de casa, e morreu no IJF
Subiu para 10 o número de policiais e ex-policiais cearenses mortos neste ano. Na tarde desta sexta-feira (28), um ex-sargento da PM foi assassinado, a tiros, na porta de casa, no bairro Autran Nunes, na zona Oeste da Capital, na Área Integrada de Segurança Dois (AIS-2). O crime teve características de execução sumária e aconteceu a menos de 100 metros de uma base de policiamento do programa Ceará Sem Drogas do Governo do Estado.
Era pouco mais de 13 horas quando um homem que se passava por entregador de panfletos, sacou uma pistola e atirou sete vezes, à queima-roupa, contra o ex-sargento da PM João Augusto da Silva Filho, o Joãozinho Catanã O ex-militar estava na calçada de sua residência, na Rua Doutor Luís Moraes Correia. Ele conversava com um familiar e foi surpreendido, recebendo um tiro de raspão na cabeça, além de quatro no abdome, um na perna (que fraturou o membro) e outro em um dos braços.
O assassino conseguiu fugir em uma moto pilotada por um comparsa. Muito embora a base da PM esteja localizada a poucos metros do local do crime, os matadores não tiveram qualquer dificuldade de executar o ex-PM e desaparecer do local.
Catanã foi levado numa viatura da PM ao Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro). Segundo informações da Polícia, ele estava consciente e chegou a descrever para os colegas de farda as características físicas do atirador. Todavia, logo o estado de saúde do ex-sargento se agravou e ele foi encaminhado à sala de reanimação e, em seguida, encaminhado à cirurgia, onde não resistiu devido aos tiros que atingiram seu abdome, comprometendo vários órgãos vitais.
crimes
Joãozinho Catanã ficou conhecido na Imprensa local como envolvido em diversos crimes de morte e acusado de chefiar um grupo de extermínio desarticulado pela Polícia e Ministério Público. Matinha uma empresa clandestina de segurança privada que oferecia vigilância a moradores de vários bairros da zona Oeste de Fortaleza, como Henrique Jorge, Planalto Pici, Autran Nunes, Pan-Americano e Genibaú.
Era acusado de vários crimes de morte, entre eles, os que vitimaram muitos bandidos. Segundo dados da Justiça, ele e seu grupo eram investigados por, pelo menos, 19 execuções sumárias em Fortaleza. Em 2007, a milícia foi desarticulada com a prisão de “Catanã” e outros implicados. Depois de vários dias foragido, “Catanã” se entregou às autoridades.No dia 30 de junho de 2009, Catanã foi levado ao banco dos réus, sendo julgado e condenado a uma pena de 20 anos e seis meses de cadeia por ter sido apontado como autor da morte de um homem identificado por Lucivando Borges de Queiroz, morto no sábado de Carnaval de 2007, no bairro Otávio Bonfim. Ele teria praticado este crime a mando do comerciante de frangos Antônio Marcos Cândido Alves, o “Marquinhos do Frango”. A defesa recorreu.
No ano seguinte, a Justiça voltou a julgar o ex-PM, desta vez pelo assassinato de Francisco Clábio de Assunção, fato ocorrido em julho de 2004, no bairro Henrique Jorge. Contudo, o réu foi considerado inimputável pois a defesa dele provou que o ex-PM estava acometido de esquizofrenia. Por conta disso, ao invés de ir para a cadeia, “Catanã” acabou sendo mandado para o Manicômio Judiciário para cumprir uma medida de segurança.
Por Fernando Ribeiro
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