Força Nacional diz ter resolvido 9 mortes de moradores de rua em AL
Em um mês de trabalho em Alagoas, a Polícia Civil da Força Nacional de
Segurança ajudou a solucionar a morte de nove moradores de rua. O grupo,
formado por policiais civis de 26 estados, chegou a Alagoas em
4
novembro, com o propósito de ajudar a Polícia Civil estadual a concluir
inquéritos de homicídios que estavam sem solução.
O delegado Eraldo José Augusco, chefe da operação, afirmou ao G1
que 15 mortes de moradores de rua foram investigadas pela equipe.
“Conseguimos concluir nove inquéritos com indicação de autoria e
representamos por 12 mandados de prisão”, afirmou.
Segundo Augusco, um dos 15 inquéritos não era verídico. O delegado
teria instaurado o inquérito policial de acordo com informações de um
site, mas depois os agentes verificaram que as denúncias não eram
reais.
A causa das mortes estaria ligada a conflitos pelo uso de drogas,
principalmente o crack, e álcool. “Essas pessoas pegavam a droga com
traficantes para revender. Eles poderiam consumir algumas pedras [de
crack] como pagamento e teriam de devolver o dinheiro da venda das
outras para os traficantes, mas os viciados consumiam tudo e faziam
dívidas. A maioria morreu em acertos de contas com os criminosos”,
afirmou.
Um vigilante também foi preso suspeito de matar moradores de rua. Ele
era responsável pela segurança de uma área, mas passou a ter o emprego
ameaçado depois que usuários de drogas passaram a cometer roubos na rua e
furtos de objetos dentro de carros.
“Quando os usuários de drogas começaram a praticar crimes até para
manter o vício, esse vigilante percebeu que estava perdendo o controle.
Ele confessou que matou cinco vítimas com a justificativa de manter a
região dele em segurança. Não encontramos um grupo de extermínio, mas
uma pessoa que se posicionava como um exterminador”, disse Augusco.
Nos assassinatos investigados pela Força Nacional de Segurança, segundo
o delegado, nenhum teve o envolvimento de policiais civis ou militares.
Por se tratar de moradores de rua, o delegado afirma que a maior
dificuldade foi encontrar testemunhas e parentes que pudessem falar das
vítimas. “Partimos somente do boletim de ocorrência e do laudo
cadavérico. Essas pessoas não tinham endereço fixo e, quando
encontrávamos uma possível testemunha, muitas vezes ela não tinha
condições de falar.”
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