Novo dono do Panamericano é conhecido por estratégias agressivas
O Banco Panamericano já tem novo dono. É o banqueiro André Esteves, de 41 anos, conhecido por
suas estratégias agressivas. André já é figurinha carimbada no mercado financeiro, e foi com ele que Silvio Santos, ex-dono do banco, formalizou ontem a venda de sua participação no banco por R$ 450 milhões, na sede do Pactual, na Faria Lima, zona oeste de São Paulo. Silvio Santos tinha 37,64% do capital total e vendeu sua parte ao Pactual, enquanto a Caixa Econômica Federal que também faz parte da sociedade, comprou 36,56% por R$ 739,27 milhões. O restante das ações está na Bolsa. O apresentador sai do negócio sem receber nada dos R$ 450 milhões, que irão para o Fundo Garantidor de Créditos, entidade privada dos bancos que recebe recursos dos depositantes e que emprestou R$ 4 bilhões ao Pan. Rumores dão conta de que o BTG sanearia o PanAmericano para mais tarde vendê-lo. "Não é frustrante, é surpreendente. Os meus negócios são de uma forma de diversão e emoção", afirmou Silvio após a venda. Segundo os executivos que acompanharam a negociação, o empresário aceitou o negócio porque o Banco Central não aceitou que ele continuasse à frente da instituição depois que foi descoberto que o rombo é na verdade de R$ 4 bilhões, e não de R$ 2,5 bilhões.
Em nota à imprensa, o principal sócio do BTG Pactual, André Esteves, informou que o "Panamericano será uma plataforma independente de distribuição de produtos e crédito para o varejo". Esteves começou a trabalhar no Pactual em 1989 como especialista em informática, virou executivo e tornou-se sócio em 1993. O atual bilionário assumiu notoriedade nos meios econômicos por ser um dos primeiros empregados a se tornar dono do banco onde trabalhava. Em 2006, ele vendeu o Pactual para os suíços do UBS, instituição conservadora e maior gestora de fortunas do mundo, por US$ 2,6 bilhões, chegando a ser considerado um dos três executivos mais importantes do grupo.
Em 2009, recomprou o Pactual dos suíços, que foi comprado por um valor menor que o vendido, e agora já com o patrimônio dobrado. No último ano, o Pactual admitiu como sócios os fundos soberanos de China, da Cingapura e de Abu Dhabi, que acrescentaram US$ 1,8 bilhão. O Pactual é o maior banco de investimento brasileiro, especializado em reestruturar empresas, promover fusões e captar recursos com a venda de ações e a emissão de dívida. Desde 2004, a instituição comanda a última leva de aberturas de capital de empresas na Bolsa.
Ainda não é possível vislumbrar a estratégia de Esteves, mas é visível que o maior banco de investimentos do país, sem tradição de varejo, agora é dono de uma instituição com forte penetração nas classes C e D, em que o poder de compra vêm aumentando fortemente, e que a imagem principal ainda está ligada a Silvio Santos, uma das personalidades mais populares do país.
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