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A maldição do Edifício Joelma, onde mais de 180 pessoas morreram no incendio que completa 40 anos
No dia 1º de fevereiro de 1974, em uma manhã chuvosa de sexta-feira, um curto-circuito em um ar condicionado deu início a um dos maiores incêndios da história de São Paulo, o do Edifício Joelma. Em poucos minutos, as chamas se espalharam pelas salas e escritórios. Mais de 180 pessoas morreram queimadas ou asfixiadas e outras 300 ficaram feridas.
O prédio não tinha segurança contra o fogo e faltou equipamento aos bombeiros. “Até hoje eu lembro claramente da situação ali na Praça das Bandeiras. Lembro do desespero dos bombeiros. Eram profissionais preparados, mas não para um acidente nessa dimensão”, diz o jornalista Sérgio Motta Mello.
O repórter cinematográfico Reynaldo Cabrera cobriu a tragédia. “Quando eu bati os olhos na fumaça, antes de ver o edifício, eu falei para o meu assistente: ‘Jorginho, liga para lá e fala para mandarem até os faxineiros, porque esse aí é para ficar na história’”, contou o cinegrafista em 2000.
O coronel da Polícia Militar Roberto Lemes participou do resgate. Ele explica que as ligações do ar condicionado passavam embaixo dos forros, que era de material combustível. “O calor irradiado, para se ter uma ideia, atinge 700ºC, derrete o vidro, funde o alumínio. A maioria das pessoas que chegaram em cima do telhado queria respirar. E, ao tentar respirar, chegavam próximo da mureta e olhavam para baixo. As pessoas respiravam o ar aquecido de 600ºC, 700ºC”, apontou em 2005.
Fogo foi um crime
A justiça considerou o incêndio criminoso. Não foi provocado deliberadamente por ninguém, mas as instalações do ar condicionado, que foram a origem do fogo, eram tão precárias que o juiz da 3ª Vara Criminal decretou crime por omissão, negligência e imperícia. O engenheiro, o gerente de uma empresa de ar condicionado e três eletricistas foram condenados a penas que variaram de dois a três anos de reclusão."Poderia um local, onde vários acontecimentos violentos aconteceram em épocas diferentes, ser realmente amaldiçoado, provocando inúmeros fatos negativos, como um incêndio ou a reincidência de um assassinato?"
Segundo os fatos ocorridos no Edifício Joelma, isso pode ser verdade!
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Há quase quarenta anos um incêndio parou São Paulo. Era sexta-feira, 1º de fevereiro de 1974 (uma sexta-feira), e aproximadamente 756 pessoas distribuíam-se pelos 25 andares do Edifício Joelma (hoje nomeado Edifício Praça da Bandeira), localizado no nº 225 da Avenida Nove de Julho, Praça da Bandeira, região Central de São Paulo - Brasil.
Por volta das 08:50' um funcionário ouviu um ruído de vidros sendo quebrados, proveniente de um dos escritórios do 12º andar.
Foi até lá para verificar e constatou que um aparelho de ar condicionado estava queimando.
Em seguida foi correndo até o quadro de luz daquele piso para desligar a energia, mas ao voltar encontrou fogo seguindo pela fiação exposta ao longo da parede.
As cortinas se incendiaram rapidamente e o incêndio começou a se propagar pelas placas inflamáveis do forro.
O funcionário correu para apanhar o extintor portátil, mas ao chegar não conseguiu mais adentrar à sala, devido à intensa fumaça.
Então ele subiu as escadas até o 13º andar, alertou os ocupantes e ao tentar voltar ao 12º pavimento, encontrou densa fumaça e muito calor.
A partir daí o incêndio, sem controle algum, tomou todo o prédio.
Foram feitas várias viagens com os elevadores enquanto o oxigênio permitiu, salvando dessa forma muitas pessoas.
No final, uma ascensorista, na tentativa de salvar mais vidas, prosseguiu, mas como a fumaça havia piorado, ficou sem oxigênio e acabou falecendo no 20º andar.
Fotos do Edifício Joelma em chamas no dia 1º de Fevereiro de 1974
Corpos de algumas das vítimas do incêndio do Edifício Joelma
Segundo perícias, a causa do incêndio foi um curto-circuito em um equipamento de ar-condicionado em um dos andares, provocando um super aquecimento na fiação elétrica, gerando o primeiro foco de fogo, o qual se espalhou por todo o edifício.
O saldo da tragédia foi de 191 mortos e mais de 300 feridos.
Muitos acreditam que os espíritos das pessoas mortas no incêndio vagueiam pelo prédio até os dias de hoje.
Uma das tragédias desse incêndio que mais impressionou, foi o fato de que (13) treze pessoas tentaram escapar por um elevador, não conseguindo, e morrendo carbonizadas em seu interior, sendo que devido ao estado dos cadáveres, os corpos não foram identificados, pois naquela época ainda não existia a análise de DNA, sendo então enterrados lado a lado no Cemitério São Pedro, localizado na Av. Francisco Falconi, 837, Vila Alpina em São Paulo.
Os corpos deram origem ao mistério das Treze Almas, e a elas são atribuídos milagres, ficando conhecidas como as 13 Almas não identificadas.
As sepulturas atraem centenas de curiosos, principalmente às segundas-feiras, dia das almas.
Ao lado das sepulturas, foi construída a "Capela das Treze Almas", onde diariamente muitos visitantes fazem suas preces agradecendo à Deus pelas graças alcançadas e também fazendo seus pedidos.
O local ficou conhecido algum tempo depois do sepultamento das 13 vítimas não identificadas do Joelma, quando pessoas ouviram gemidos e choros misteriosos.
Assustados, procuraram verificar de onde vinha aquilo, sendo que descobriram que os gemidos e choros saiam das sepulturas das 13 vítimas.
Então sabendo como morreram (queimados), foi derramada água sobre as sepulturas, sendo que em seguida os gemidos e choros cessaram.
Sabendo do ocorrido, pessoas começaram à fazer orações para as 13 almas, pedindo graças diversas.
Muitas dizem que foram atendidas, e como agradecimento colocam faixas e "placas" com mensagens de gratidão no local.
Quem visita os túmulos das "Treze Almas" no Cemitério São Pedro, sempre pode verificar a existência de um copo com água sobre cada sepultura, isso com o objetivo de tranquilizar as almas dessas vítimas do incêndio do Edifício Joelma, as quais morreram carbonizadas em um imenso calor.
Esse é mais um dos mistérios que rondam o incidente do Edifício Joelma.
Abaixo está a vista aérea do Cemitério São Pedro em São Paulo:
[Coordenadas GPS: Latitude / Longitude = 23°35'26.18"S, 46°33'53.89"W]
Túmulos das "Treze Almas" no Cemitério São Pedro
Túmulos das "Treze Almas" no Cemitério São Pedro
Placas e Cartazes com Agradecimentos pelas Graças Alcançadas junto aos Túmulos das "Treze Almas" no Cemitério São Pedro
Um dos Túmulos das "Treze Almas" no Cemitério São Pedro
Pode-se observar o "Copo com Água" existente sobre o túmulo, deixado por visitantes
Cristo junto aos Túmulos das "Treze Almas" no
Cemitério São Pedro
Área reservada aos Túmulos das "Treze Almas" no
Cemitério São Pedro
Capela das "Treze Almas" no Cemitério São Pedro
Recorte de Jornal com o incêndio do Joelma, existente dentro da Capela das "Treze Almas" no Cemitério São Pedro
Passados muitos anos da tragédia, o antigo Edifício Joelma foi reformado, sendo batizado com o nome de Edifício Praça a Bandeira, disponibilizando para aluguel várias salas para escritórios e empresas. No entanto pessoas que frequentam o local relatam fatos estranhos e sombrios no interior do edifício, como os descritos a seguir:
O Caso do Escritório de Advocacia
"Em um escritório da advocacia alugado pouco tempo após a re-inauguração, uma assistente ficou até mais tarde para organizar os documentos deixados no final do expediente.
Como já era tarde da noite, e devido a existência de muitas salas ainda vazias e sem utilização, o prédio mantinha um silêncio sombrio e assustador.
Isso em conjunto com as lembranças do incêndio que ocorreu no passado, produzia um ambiente ainda mais assustador.
Em certo momento a assistente ouviu um barulho na ante-sala do escritório, como se a porta tivesse sido aberta.
Quando ela foi olhar, a porta estava fechada, como havia estado antes.
Então ela imaginou que fosse uma outra porta em outra sala do mesmo andar que havia gerado aquele ruído.
Instantes depois ela ouviu o barulho novamente, e quando se voltou, viu um vulto de uma mulher passando pela ante-sala.
Ela se assustou chegando a dar uma grito.
Foi observar novamente e não havia ninguém no local, apenas ela. Rapidametne ela pegou suas coisas, e saiu do escritório.
Quando foi trancar a porta, novamente ela viu o vulto de uma mulher no fundo do corredor, desaparecendo em seguida.
A assistente rapidamente deixou o edifício e tempos depois se demitiu, pois havia a necessidade de ficar em alguns dias até mais tarde e ela não concordou com a solicitação, temendo ver aquele vulto novamente ou algo ainda pior ".
O Caso do Motorista de Entregas
"Havia chegado com minha perua Kombi no sub-solo do "Edifício Praça da Bandeira", para entrega de algumas encomendas, isso aproximamente às 20:00' horas.
Estacionei como de costume, sendo que meu ajudante retirou as encomendas da perua para entregá-las no local solicitado.
Permaneci então ali dentro da perua sozinho, aguardando o retorno do ajudante para irmos embora.
Algum tempo depois, como que por espanto, vi surgir no fundo do estacionamento uma mulher vestida toda de branco, sendo que ela veio se deslocando em direção à minha perua.
Nesse momento notei que ela não estava caminhando, e sim flutuando a alguns centímetros do chão, indo em direção à outra parede do estacionamento, desaparecendo em seguida.
Saí então da perua e subi até o andar onde estava meu ajudante, e contei para ele o acontecido, saindo em seguida rapidamente do edifício.
Hoje evito de todas as maneiras fazer entregas à noite naquele local".
Segundo depoimentos de testemunhas, muitos outros fatos sobrenaturais ocorreram e ainda ocorrem no Edifício "Praça das Bandeiras" (antigo Joelma), pegando de surpresa as pessoas mais desavisadas.
Volquimar Carvalho dos Santos
A professora Volquimar Carvalho dos Santos, 21 anos, trabalhava no setor de processamento de dados de um banco que funcionava no 23º andar do Edifico Joelma. Ela era funcionária da empresa havia um ano e meio.
O irmão dela, Álvaro, trabalhava no 10º andar do mesmo prédio.
A família de Volquimar é espírita. Ao ser dado o aviso de incêndio, Volquimar e outras quatro companheiras tentaram fugir pela escada, mas quase foram atropeladas pelos funcionários desesperados que tentavam se salvar.
Elas correram para a cobertura do prédio, mas acabaram morrendo por asfixia. Álvaro, irmão de Volquimar, sobreviveu ao incêndio.
Álvaro localizou o corpo da irmã no IML horas depois do incêndio ter terminado.
Meses depois, Volquimar enviou uma mensagem psicografada para a mãe através do médium Chico Xavier.
Na mensagem ela contava como tinha sido os seus últimos minutos de vida.
Em 1979, a história de Volquimar se transformou no filme “Joelma, 23º andar”.
O roteiro é baseado nas cartas psicografadas por Chico Xavier que estão no livro “Somos Seis”.
Fatos estranhos ocorreram durante as filmagens, como ruidos misteriosos no local onde não havia ninguém, refletores que eram "derrubados", embora estivessem bem fixados, sendo que um dos fatos mais incríveis, foi a imagem de uma "pessoa" que não estava nas filmagens ao lado dos personagens em uma das cenas, indicando nitidamente ser um dos possíveis "Fantasmas do Edifício Joelma".
Cena do Filme: "Joelma - 23° Andar.
Nota-se nitidamente no canto direito a imagem de uma misteriosa "moça" observando a filmagem.
Nesta cena acima pode-se notar nitidamente à direita, a imagem de uma mulher de forma "transparente".
Quando visualizada esta imagem pelas pessoas que participaram das filmagens, todos ficaram espantados, pois não havia ninguém além dos atores no local da fotografia.
"Seria um dos "Fantasmas do Edifício Joelma"?
ELENCO
Beth Goulart ... Lucimar
Liana Duval ... Lucinda
Vilma Camargo
Ugo Canessa
Ed Carlos
Oswaldo Cirillo
Jesse James Costa
Henrique Verona Cristófani
Marly de Fátima
Valdemar de Lima
Ivo de Oliveira
Thiago Fabris
Paulo Farah
João Abraão Felício
Maria Ferreira
Márcia Fraga
Lilian Gonçalves
Castor Guerra
Ruy Leal
Landa Lopes
Carlos Marques
Paulo Mustafá
Antônio Pettan
Daniele Rodrigues
Lourenço Luís Sanches
Oricema Silveira
Malu Stein
Alvamar Taddei
Chico Xavier
Sabe-se que na época da escravidão (séculos XVIII E XIX), o local de construção do Edifício Joelma foi onde os escravos considerados indisciplinados ou que não faziam seus trabalhos conforme mandado, eram torturados até a morte, marcando o local com dor raiva, tristeza e sofrimento.
Devido ao extremo sofrimento acontecido no local, marcado por diversas mortes, poderia este local já estar marcado para o acontecimento de tragédias futuras?
"O CRIME DO POÇO"
O Poço construído nos fundos da casa com o objetivo de servir de Túmulo para as Vítimas do Crime
Dia 23 de novembro de 1948, depois de várias denuncias do estranho desaparecimentos de mulheres em uma casa da Rua Santo Antonio, nº 104, no Bexiga, o químico e professor Paulo Ferreira de Camargo suicida-se no exato momento em que a policia retirava do poço do seu quintal os corpos de sua mãe e das duas irmãs, pessoas que ele havia matado há 19 dias.
“O Crime do Poço” como ficou conhecido, foi uma vingança de Paulo contra sua família que não aceitava seu romance com uma enfermeira, a qual não era mais virgem, indo totalmente contra os padrões da época, sendo um completo escândalo.
Paulo Ferreira enfrentava constantes brigas com sua mãe e irmãs, as quais eram totalmente contra seu namoro com a enfermeira.
Irritado ao extremo, arquitetou o modo como resolveria aquilo.
Mandou então que fosse construído um poço nos fundos da casa, já como parte do seu plano.
No dia 23 de novembro de 1948, Paulo se reunião com sua família para lancharem, como normalmente faziam.
De modo furtivo, Paulo colocou sonorífero no alimento de sua mãe e irmãs.
Drogadas, elas dormiram rapidamente. Em seguida Paulo peqa um revólver e efetua vários disparos contra todas elas, as quais morrem na hora.
Após o assassinato, Paulo coloca capuzes nas cabeças da vítimas, arrasta os corpos para os fundos da casa, e os joga no poço recém construído. Nos dias que se seguem, Paulo leva uma vida normal.
Passados alguns dias, as pessoas estranham o desaparecimento das três mulheres.
A polícia então visita a casa de Paulo, o qual entra em contradição, dizendo ora que sua mãe e irmãs viajaram, ora que sofreram um acidente.
Vizinhos então contam à polícia que alguns dias antes ouviram barulho de tiros e uma estranha movimentação nos fundos da casa, próximo ao novo poço.
Quando a polícia vai verificar o local, acaba encontrado a horrivel cena do crime, com os corpos dentro do poço.
Vendo que não havia mais saída, Paulo Ferreira pede para ir ao banheiro. Chegando lá, pega o revólver que havia escondido nesse local, e comete suicídio com um tiro no peito, deixando para sempre dúvidas e suposições das mais absurdas.
Paulo Ferreira de Camargo era Professor do Departamento de Química da Universidade de são Paulo, a qual se localizava naquela época na alameda Glette. Uma carreira brilhante, interrompida estupidamente.
Descobriu-se posteriormente que o Professor Paulo Ferreira fazia uso de drogas, isso talvez devido ao fácil acesso aos produtos químicos em sua profissão.
Também foi revelado por companheiros de onde lecionava, que o Professor Paulo Ferreira já apresentava à algum tempo um comportamento desiquilibrado, pois andava armado, e segundo constatado, havia efetuado disparos com seu revolver no interior do laboratório de química da faculdade.
Observa-se que após a retirada dos corpos das vítimas de dentro do poço, um dos bombeiros morreu de infecção cadavérica*, sugerindo ser mais uma vítima da "maldição" contida no local.
[*Infecção Cadavérica: É um tipo de infecção adquirida quando uma pessoa sem as devidas proteções, não utilizando luvas e máscara apropriada, realiza contato com cadáveres, adquirindo dessa forma infecções diversas pelo corpo, podendo levar em alguns casos até a morte.]
A casa onde ocorreu o crime ficou fechada por muitos anos.
Mais tarde foi demolida e no seu terreno foi construído o Edifício Joelma, objeto de tão triste memória.
O Professor Paulo Ferreira de Camargo (O Assassino)
Momento do resgate dos corpos no interior do Poço
(Local onde o Bombeiro adquiriu a Infecção Cadavérica e veio a falecer tempos depois)
Corpo do Professor Paulo Ferreira de Carmargo, quando encontrado no banheiro de sua residência, após ter se matado com um tiro de garrucha no peito.
Corpos das Vítimas após terem sido retirados do poço pelos soldados do corpo de bombeiros.
Os corpos estavam de cabeça para baixo com sacos cobrindo suas cabeças.
Casa original onde ocorreu o terrível "Crime do Poço"
"Os acontecimentos ocorridos na área do Edifício Joelma seriam obra do acaso, ou realmente existe alguma maldição naquele local, talvez influenciada pelo seu passado marcado com tragédias e mortes?
Quem sabe? A única certeza é que essa, bem como outras respostas estão "Além da Imaginação!"
Veja o video