Antonio Palocci acaba de pedir demissão
O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, pediu demissão do cargo nesta terça-feira. O pedido foi
apresentado à presidente Dilma Rousseff. Ocupante do posto mais importante da Esplanada dos Ministérios, o petista ficou em situação insustentável após as revelações de seu incrível salto patrimonial em poucos anos. O dinheiro vinha de trabalhos de consultoria feitos por Palocci enquanto era deputado federal.A queda de Palocci começou a se desenhar quando veio à tona que o ministro da Casa Civil teve um um aumento de patrimônio de 25 vezes em quatro anos. O dinheiro vinha de trabalhos de consultoria feitos entre 2006 e 2010. Na época, ele era deputado, mas também sócio da empresa de consultoria Projeto. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou que, em 2010, o ministro comprou um apartamento de 500 metros quadrados nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, por 6,6 milhões de reais, e, no ano anterior, uma sala comercial na mesma região por 882.000 reais.
A evolução patrimonial não bate com os rendimentos de um deputado e revela que a consultoria era altamente rentável, o que levantou a suspeita de que Palocci aproveitava-se do trânsito no governo federal como ex-ministro da Fazenda para fazer tráfico de influencia.
A situação tornou-se insustentável quando reportagem da VEJA desta semana revelou que o apartamento onde mora a família de Palocci, em São Paulo, é alugado de uma empresa de fachada. O imóvel, de 640 metros, está avaliado em 4 milhões de reais. Os dois sócios da empresa proprietária do apartamento são Filipe dos Santos, de 17 anos, e Dayvini Nunes, de 23 anos, um representante comercial que ganha salário de 700 reais.
Dayvini admitiu em entrevista a VEJA ser laranja. “São coisas que envolvem pessoas com quem não tenho como brigar, como o Palocci, entendeu? Eu não tenho como bater de frente com essas pessoas. Sou laranja.”
Silêncio - Em pouco mais de vinte dias, enquanto a crise ganhava contornos mais graves, Palocci e o Palácio do Planalto adotaram a estratégia do silêncio. Dilma Rousseff manteve-se longe de eventos públicos e só fez comentários sobre o caso depois de uma intervenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele foi a Brasília e reuniu-se com a bancada de senadores para tratar do caso. Dois dias depois, em 27 de maio, Dilma saiu a público para pedir que a questão não fosse politizada. “Quero assegurar a vocês que o ministro Palocci está dando todas as explicações para os órgãos de controle”, disse em entrevista espontânea aos jornalistas, procedimento incomum para a presidente.Veja/Bom dia Sobral
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