Bando aluga ônibus para ir a enterro e é interceptado pela PM
Seria um ônibus fretado qualquer, não fosse uma denúncia feita à Coordenadoria Integrada de
Operações de Segurança (Ciops). A queixa partiu de um anônimo. Mas procedeu. O veículo realmente transportava jovens em conflito com a lei e um adulto com dívidas judiciais.Numa parceria entre policiais do Ronda do Quarteirão do Conjunto Ceará e da 4ª Companhia do 6º Batalhão, a interceptação do ônibus resultou na apreensão de dois revólveres (calibres 38 e 32), munição, quatro adolescentes e na prisão de um homem, identificado como Francisco Marcos da Silva.
Todos saíram do bairro Henrique Jorge rumo ao Cemitério do Bom Jardim, na Capital. Iam para o enterro de um colega, morto no dia anterior. Mas, segundo o denunciante, tinham a intenção de travar um confronto com outra gangue durante o sepultamento.
Seria uma forma de vingar o assassinato do amigo. Ao todo, 20 pessoas ocupavam o ônibus. “A denúncia falava em quatro armas. Após fazermos o cerco e a vistoria, porém, encontramos apenas duas. Mas o fato é que boa parte deles é envolvida em problemas”, disse ao O POVO o comandante da 4ª Companhia do 6º BPM, major Océlio Lopes.
“O que eles dizem é que temiam um confronto e, por isto, andavam armados. São duas armas a menos numa área tão crítica como o Bom Jardim”, completou o comandante do Ronda do Quarteirão que trabalhou na ação, capitão Amsterdã Barbalha.
Ônibus, 32º DP e DCA
O motorista do ônibus serviu de testemunha. Em seguida, foi liberado. E levou o veículo. Francisco Marcos foi levado ao 32º Distrito Policial, no bairro Parque Santa Cecília.
Segundo a Polícia, ele já responde por tráfico de drogas, numa passagem pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Ele, no entanto, negou ser o dono de um dos revólveres. “E eu não estava recebendo ameaça de ninguém. Só estava indo pro enterro”, disse.
Encaminhados à DCA, todos os adolescentes foram submetidos a exames no Instituto Médico Legal (IML) para confirmar que estavam de posse de armas e munições.
Eles passaram a noite na triagem (unidade de recepção ao lado da Delegacia). Hoje, os dois meninos e as duas garotas participam de audiências com um juiz e um promotor. Eles decidem se aplicam sanções ou liberam os jovens.
Onde
ENTENDA A NOTÍCIA
O Bom Jardim é um bairro que tem problemas históricos com altos índices de criminalidade. Por lá, já foi implementado até um programa do Governo Federal chamado “Território de Paz”. Contudo, homicídios permanecem em alta.
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